O Viveiro Florestal do Instituto Água e Terra (IAT), localizado em Ivaiporã, se destaca como uma das principais forças na preservação ambiental do Vale do Ivaí e da região central do Paraná. A unidade tem capacidade para produzir até 300 mil mudas por ano, todas distribuídas gratuitamente para produtores rurais, escolas, prefeituras e entidades ambientais.
Atualmente, o viveiro cultiva cerca de 25 espécies nativas da Mata Atlântica, como ipê, araucária, peroba, jacarandá, gabiroba, gurucaia e canafístula. Entre as frutíferas, há jabuticaba e pitanga, que também contribuem para a diversidade ecológica e alimentar.
De acordo com Maurilio Vila, chefe do Núcleo Regional do IAT de Ivaiporã, o foco principal do viveiro é recuperar áreas degradadas, especialmente em nascentes, margens de rios e reservas legais. O espaço também desenvolve atividades de educação ambiental com estudantes e moradores da região. “A mudança começa com informação e participação. Quando a criança planta uma árvore, ela entende o valor da natureza”, destacou Maurilio.
O processo para receber as mudas é simples: o interessado deve se cadastrar no sistema digital SGA, apresentar a matrícula da propriedade e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Após a aprovação, as mudas são entregues sem custo.
O plantio ideal ocorre entre setembro e abril. Com a chegada do frio, a distribuição é suspensa, pois as plantas têm menor resistência. “Quem tiver interesse deve se programar para o início da temporada, em setembro”, alertou Maurilio.
Durante a visita, quem também marcou presença foi Valdemir Aparecido de Oliveira, secretário de Meio Ambiente de São Pedro do Ivaí, que está coordenando a recuperação de uma área de 556 hectares com nascentes e represas no município. “Estamos solicitando cerca de duas mil árvores. É um trabalho de restauração que vai beneficiar todo o município. Também gostaria de parabenizar pela dedicação e competência das equipes do viveiro, fundamentais para a conservação ambiental”, afirmou.
Outro visitante foi o padre Fidel (Fidelsino Cariolano Cezar), pároco da Santíssima Mãe de Deus. Ele relembrou com carinho sua passagem pelo local nos anos 1990. “Tudo era manual. Enchíamos saquinhos, carregávamos caminhões. Era pesado, mas gratificante”, contou. Hoje, com tudo mecanizado, ele diz que o espírito de preservação continua firme.
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