A cidade de Jaguapitã, no norte do Paraná, foi abalada no último domingo (13) por mais um trágico caso de feminicídio. Luana Ferreira Silazi, de 30 anos, foi assassinada pelo ex-companheiro Adiel Lucas da Costa, apenas três dias após obter uma medida protetiva de urgência contra ele.
Segundo a Polícia Militar, Luana seguia com a mãe, o filho e os sobrinhos para a igreja quando percebeu o carro de Adiel estacionado na esquina da Avenida Bandeirantes. Temendo um encontro com o ex, ela tentou voltar para casa, mas foi seguida por ele.
Adiel desceu do veículo com uma faca em mãos e, segundo testemunhas, disse que se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém. Mesmo com tentativas de intervenção por parte da mãe de Luana e uma das crianças, o agressor a esfaqueou no pescoço e fugiu, deixando a arma no local.
Horas depois, Adiel apareceu no Hospital Municipal de Jaguapitã com as mãos sujas de sangue, confessando o crime aos profissionais de saúde. Ele foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. Agora, está detido na cadeia pública de Rolândia, sendo investigado por ameaça, vias de fato e feminicídio.
Luana havia procurado a delegacia no dia 8 de abril para solicitar proteção contra o ex-companheiro. A medida protetiva foi emitida no dia 10, mas não foi suficiente para evitar a tragédia. O caso acende um alerta sobre a fragilidade na proteção de mulheres em situação de risco e reforça a urgência de políticas mais eficazes no combate à violência doméstica.
O assassinato de Luana não é apenas um número — é mais uma voz silenciada que buscava viver em paz.
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