A Polícia Civil do Paraná (PCPR) finalizou nesta terça-feira (16) o inquérito que investigava a morte do bebê Gustavo Moreira, ocorrida logo após o parto, em 19 de agosto deste ano, na cidade de Ponta Grossa. A mãe, uma jovem de 19 anos, foi apontada como autora do crime e indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A investigação teve início quando a jovem procurou atendimento médico alegando uma crise de hemorroidas. Durante o atendimento, os profissionais de saúde identificaram sinais de parto recente. Questionada, ela afirmou que o bebê teria nascido sem vida, versão que foi desmentida pela perícia.
Conforme o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), a criança nasceu viva e morreu em decorrência de traumatismo craniano provocado por objeto perfurocontundente, compatível com uma tesoura. O corpo apresentava diversas perfurações.
Durante o inquérito, a suspeita confessou ter cometido o crime. Segundo as investigações, ela não queria a criança, pois o suposto pai se recusava a assumir a paternidade. Três homens foram apontados como possíveis genitores e realizaram exames de DNA.
A polícia também apurou que a jovem sabia da gravidez, tentou interrompê-la com métodos clandestinos e escondeu a gestação de familiares. Para os investigadores, ficou claro que houve premeditação.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Caso condenada, a jovem pode pegar até 50 anos de prisão.