O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Douglas Felipe Romanovski, de 34 anos, por dois crimes de latrocínio e por ocultação de cadáveres de Maria Auxiliadora da Silva de Souza e seu filho Fábio José de Souza, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Os crimes ocorreram entre junho e setembro de 2025.
Segundo a denúncia, o primeiro homicídio ocorreu entre os dias 16 e 17 de junho, quando Douglas teria asfixiado Fábio José em um apartamento no bairro Bonfim. Após a morte, ele teria roubado o veículo da vítima, um VW/Gol avaliado em R$ 36 mil, e transferido cerca de R$ 9,5 mil de sua conta bancária para a própria. Além disso, passou a ocupar dois imóveis de Fábio.
Poucos dias depois, em 24 de junho, Maria Auxiliadora, mãe de Fábio, também teria sido morta por asfixia. Douglas teria roubado o celular da idosa e realizado transferências via Pix que somaram R$ 42,6 mil para contas em seu nome e até para a conta de seu filho de apenas 9 anos.
O MPPR ainda aponta que Douglas ocultou os corpos das vítimas. Partes dos cadáveres teriam sido mantidas em geladeiras em residências do mesmo condomínio e em outro endereço, enquanto restos mortais foram descartados em uma área de mata na Colônia São Venâncio, posteriormente localizados pela polícia.
Após os crimes, o denunciado ainda teria simulado que as vítimas estavam vivas, enviando mensagens, ativando celulares em locais distintos e produzindo áudios com inteligência artificial imitando a voz de Maria Auxiliadora.
O MPPR pede que Douglas responda pelos dois crimes de latrocínio e por ocultação de cadáveres, além de solicitar, em caso de condenação, a reparação mínima de 100 salários-mínimos às famílias das vítimas.
Para o advogado das vítimas, Leonardo Mestre, o oferecimento da denúncia marca um passo decisivo na busca por justiça: “A investigação reuniu provas contundentes, como movimentações financeiras ilícitas, apropriação de bens, contradições do investigado e a atroz ocultação dos corpos. Confiamos que o Poder Judiciário dará resposta firme e exemplar, preservando a memória e a dignidade das vítimas”.
Mín. 13° Máx. 28°