A defesa de Antonio Buscariollo e seu filho, Paulo Ricardo Costa Buscariollo — apontados como os principais suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro homens em Icaraíma (PR) — divulgou uma versão pública dos fatos na tentativa de desvinculá-los do crime. Ambos continuam foragidos, mesmo com mandados de prisão em aberto.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o advogado criminalista Renan Farah afirmou que seus clientes não estavam em Icaraíma no momento em que os homicídios ocorreram. De acordo com ele, essa informação seria suficiente para comprovar que pai e filho não participaram das execuções.
Farah também baseia parte da linha de defesa nos dados dos atestados de óbito de três das vítimas. Ele destaca que os documentos apontam sinais de "traumatismos" e de que os homens teriam sido mantidos em "cárcere" antes de serem mortos e enterrados.
“O que foi dito inicialmente é que as vítimas teriam sido atingidas por disparos de frente, dentro da Fiat Toro. Porém, os laudos cadavéricos revelam que houve agressões físicas antes da morte, o que indica tortura e cárcere, seguidos da execução e posterior ocultação dos corpos”, explicou o advogado.
Segundo Farah, essa nova linha cronológica dos fatos comprova que seus clientes já haviam deixado o município antes que as mortes tivessem ocorrido. Ele afirma que Antonio e Paulo Ricardo teriam saído da cidade depois de prestarem depoimento e alegarem estarem sendo ameaçados.
“Quem cometeu os assassinatos permaneceu na cidade. O inquérito policial, portanto, está cada vez mais apontando para a exclusão da autoria por parte dos Buscariollo. O crime existiu, infelizmente, mas não foi cometido por eles — e a defesa vai demonstrar isso ao longo do processo”, disse o advogado, acrescentando que os suspeitos não pretendem se apresentar à polícia.
A Polícia Civil segue investigando o caso e analisa a possível participação de outras pessoas nos assassinatos.