O Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (1º), a Campanha Nacional de Multivacinação, voltada para crianças e adolescentes de até 15 anos. Mais de 6,8 milhões de doses já foram distribuídas para a ação, que acontece entre os dias 6 e 31 de outubro. O ponto alto será no Dia D de mobilização, marcado para o sábado, 18 de outubro, quando postos de saúde de todo o país estarão abertos especialmente para atender as famílias.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o objetivo é reforçar a proteção da população jovem e ampliar as coberturas vacinais. “Todos os dias são dias de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde, mas o Dia D será uma oportunidade estratégica para garantir que nenhuma criança fique sem a imunização”, destacou.
Para apoiar os estados e municípios, o Ministério da Saúde destinou R$ 150 milhões, seguindo a estratégia de microplanejamento — que considera as particularidades de cada região, como áreas de risco e locais com baixa adesão.
A campanha contempla todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação 2025, incluindo doses contra poliomielite, sarampo, febre amarela, covid-19 e HPV. A atenção especial está voltada para o resgate de não vacinados, principalmente contra HPV, febre amarela e sarampo.
📲 Tecnologia a favor da prevenção
Pais e responsáveis podem acompanhar a situação vacinal pelo Meu SUS Digital, disponível em aplicativo e versão web. A plataforma envia alertas, mostra as próximas doses e oferece acesso à Caderneta Digital de Saúde da Criança.
🔎 Contexto
Mesmo com o Brasil livre da circulação de doenças como poliomielite e sarampo, autoridades reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar a reintrodução dos vírus, especialmente em um cenário de aumento de casos no exterior.
📈 Avanços recentes
Entre 2022 e 2024, o país registrou crescimento expressivo na cobertura vacinal infantil. A imunização contra pólio avançou 17%, enquanto a aplicação da tríplice viral aumentou quase 40%. A cobertura contra o HPV também melhorou: em meninas, passou de 78,4% (2022) para 82,8% (2024); já entre os meninos, saltou de 45,4% para 67,2% no mesmo período.