Com o objetivo de acelerar a reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu, o Governo do Paraná aumentou significativamente a participação de pessoas privadas de liberdade nos trabalhos de recuperação do município. Atualmente, 46 detentos atuam em colégios estaduais, CMEIs, Apae e no destacamento da Polícia Militar. O número deve chegar a 59 ainda nesta sexta-feira (14) e tende a crescer nos próximos dias.
Na segunda-feira (10), o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou o reforço das ações de reconstrução, enviando 14 presos da região de Guarapuava para trabalhar na limpeza e reparos do Colégio Estadual Ludovica Safraider, uma das unidades mais atingidas pelo tornado.
Na terça-feira (11), mais 16 detentos chegaram à cidade, vindos de unidades da região Oeste. Nesta quinta-feira (13), outros 16 foram deslocados para Rio Bonito do Iguaçu, e mais 10, que já atuam na Prefeitura de Cascavel, também serão enviados, totalizando 56 trabalhadores. Somando-se a outros três presos que ajudam na separação de doações em Laranjeiras do Sul, o município contará com quase 60 pessoas privadas de liberdade, quadruplicando a força de trabalho na cidade.
O envio de mão de obra carcerária deve continuar, e a expectativa é que, após os trâmites legais, entre 70 e 80 detentos estejam trabalhando nas frentes de reconstrução. Todos são acompanhados por policiais penais e possuem histórico de bom comportamento, além de atenderem a outros requisitos de seleção.
Dentre os detentos, 24 fazem parte do Programa Mãos Amigas, iniciativa do Governo do Estado que promove a reinserção social de presos por meio da prestação de serviços de manutenção, conservação e reparos em escolas estaduais. O programa permite que os participantes desenvolvam habilidades profissionais e senso de pertencimento, beneficiando tanto os detentos quanto as unidades escolares. Os presos atuam em regime fechado e semiaberto e já cumpriram parte da pena.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira, destacou a relevância da iniciativa. “Temos mais de 13 mil pessoas privadas de liberdade prestando serviços em empresas e municípios. Aqui não é diferente: temos participantes do Mãos Amigas e de outras frentes, para agilizar a restauração das escolas e outros serviços necessários”, explicou.
Os demais detentos envolvidos na reconstrução não fazem parte do programa Mãos Amigas. Eles vêm de canteiros de trabalho da PPPR e de empresas terceirizadas parceiras, estando na fase final de cumprimento da pena. Além de contribuírem para a sociedade, têm direito à remição do tempo de pena e recebem auxílio financeiro.
A chefe do Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul, Adriane Almeida, ressaltou a importância do apoio. “O Mãos Amigas tem feito a diferença no Paraná, ajudando na reforma e manutenção das escolas. É uma iniciativa fantástica que beneficia a sociedade e contribui para a ressocialização dos participantes”, afirmou.