A Polícia Civil finalizou o inquérito que investigava um padre de Cascavel, no oeste do Paraná, por diversas acusações, incluindo crimes sexuais. O religioso foi formalmente indiciado por tráfico de drogas, assédio sexual, importunação sexual, violação sexual mediante fraude, estupro de vulnerável e também por prática de curandeirismo.
Segundo as investigações, ao menos dez vítimas foram identificadas — entre elas, uma menina que tinha apenas 12 anos na época dos fatos. As vítimas seriam adolescentes e jovens da comunidade católica local, todas em situação de vulnerabilidade social. Os crimes teriam ocorrido entre os anos de 2009 e julho de 2025.
Ainda conforme a apuração da polícia, o padre oferecia drogas às vítimas e se passava por terapeuta, embora não tivesse formação ou autorização legal para exercer atividades na área de saúde. As autoridades também reconheceram como agravante o fato de ele ter cometido os crimes enquanto desempenhava funções religiosas, configurando violação de dever inerente ao ofício e à confiança depositada pela comunidade.
Caso seja condenado por todos os crimes apontados no inquérito, a pena total pode ultrapassar 150 anos de prisão. O padre está detido desde 24 de agosto e, em 15 de setembro, foi transferido para o Complexo Médico Penal, em Curitiba.
A defesa do acusado declarou que aguarda o parecer do Ministério Público e pretende apresentar provas para contestar o indiciamento.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que agora avaliará se as acusações reunidas justificam a abertura de ação penal. Paralelamente, a Arquidiocese de Cascavel informou que o processo canônico segue em andamento. As oitivas das testemunhas estão em fase final e, em breve, o caso será enviado ao Vaticano para análise.
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