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Gestantes têm “coração de atleta”? Entenda como o corpo reage durante a gravidez

Especialistas alertam para o aumento do esforço cardíaco e o risco de hipertensão gestacional, condição que afeta cerca de 10% das grávidas no mundo

10/11/2025 às 17h04
Por: Admin Fonte: UOL
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Gestantes têm “coração de atleta”? Entenda como o corpo reage durante a gravidez

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por intensas transformações, e o coração é um dos órgãos que mais sente essas mudanças. De acordo com especialistas, o volume de sangue circulando no organismo pode aumentar em até 50%, fazendo com que a frequência cardíaca suba de 70 para até 100 batimentos por minuto, mesmo em repouso. Esse esforço extra é necessário para garantir o suprimento de oxigênio e nutrientes ao bebê e à placenta.

A ginecologista Cassiana Giribela, doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), explica que o aumento de até dois litros de sangue no corpo da gestante é natural, mas pode causar desconfortos. “É comum sentir palpitações e cansaço ao realizar pequenas atividades. Em casos normais, isso não indica doença cardíaca e tende a desaparecer após o parto”, afirma.

Segundo o cardiologista Fernando Costa, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, o coração está preparado para esse esforço adicional. Ele compara a rotina de uma grávida a uma série de atividades físicas leves, como pedalar em ritmo constante. Mesmo assim, alerta para o risco de anemia, que pode surgir devido à diluição natural do sangue, e recomenda uma dieta reforçada com ferro e vitaminas.

Os especialistas ressaltam que o acompanhamento médico antes e durante a gestação é fundamental, especialmente para mulheres com histórico de doenças cardíacas, sedentarismo, tabagismo ou idade acima de 40 anos. Nesses casos, o risco de infarto gestacional aumenta, devido à sobrecarga no sistema cardiovascular.

Outra condição que exige atenção é a hipertensão gestacional, que afeta cerca de 10% das grávidas em todo o mundo. O problema costuma ocorrer a partir do sexto mês de gravidez e se manifesta por meio de inchaços, aumento da pressão arterial e presença de proteínas na urina.

“A doença é mais comum em mulheres na primeira gestação e, quando não tratada, pode evoluir para eclâmpsia, um dos estágios mais perigosos e principal causa de morte materna no país”, alerta Cassiana.

Nos casos leves, o tratamento com medicamentos costuma controlar a pressão. Em situações graves, porém, pode ser necessário antecipar o parto para preservar a vida da mãe e do bebê.

Para uma gravidez saudável, médicos recomendam manter o ganho de peso controlado — não ultrapassando 10 quilos —, praticar atividades físicas leves, como caminhada ou hidroginástica, e evitar o consumo de álcool, cafeína e tabaco. O monitoramento da pressão arterial e consultas regulares são essenciais para prevenir complicações e garantir uma gestação tranquila.

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