O futsal paranaense vive um dos momentos mais lamentáveis de sua história recente.
Em reunião realizada nesta segunda-feira (6), em Curitiba, a Federação Paranaense de Futsal decidiu refazer completamente o formato da Série Bronze 2025, levando o campeonato de volta para 32 equipes, após uma sequência de impugnações e recursos.
A medida, que teve o objetivo declarado de “evitar a paralisação” da competição, acabou provocando revolta entre clubes que já haviam conquistado a classificação dentro de quadra. O sentimento é de injustiça e indignação — afinal, equipes que estavam eliminadas retornaram ao campeonato, enquanto outras, que já haviam definido seus cruzamentos e se preparado para a sequência, foram obrigadas a começar tudo de novo.
Além de representar um retrocesso esportivo, a decisão escancara o que muitos dirigentes chamam de falta de competência administrativa.
A Federação e alguns dirigentes erraram em suas punições e decisões técnicas, e agora, quem paga a conta são as equipes que jogaram limpo, seguiram o regulamento e se classificaram por mérito.
“Estamos pagando por erros que não são nossos. Tudo isso poderia ter sido evitado se houvesse mais organização e responsabilidade. A sensação é de desrespeito com quem trabalhou sério o ano inteiro”, desabafou um dirigente indignado com a reviravolta.
A nova votação contou com 24 votos favoráveis, 2 contrários e 7 em branco, selando o retorno das 32 equipes e um novo chaveamento das fases eliminatórias.
Os jogos das 16ªs de final estão marcados para os dias 11 e 18 de outubro, seguindo até a grande decisão prevista para 6 de dezembro.
A mudança não apenas quebra o ritmo esportivo, mas coloca em dúvida a credibilidade da competição. Clubes que já haviam encerrado suas atividades e dispensado jogadores agora voltam com chances até de título — uma situação que fere os princípios básicos de justiça e meritocracia no esporte.
O episódio é visto como uma mancha no futsal paranaense em 2025, e deixa a sensação de que o trabalho, o esforço e a disciplina das equipes mais organizadas foram desconsiderados por uma decisão política e mal conduzida.
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