
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou alta de 0,09% em outubro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE.
O resultado representa uma desaceleração de 0,39 ponto percentual em relação a setembro, quando o índice havia subido 0,48%, impulsionado pelo aumento na conta de luz. A leve alta registrada em outubro ficou próxima da expectativa do mercado, que previa elevação de 0,10%.
Segundo o IBGE, trata-se da menor variação para um mês de outubro desde 1998, quando o índice foi de 0,02%. Com esses números, a inflação acumulada no ano chega a 3,73%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento é de 4,68%. Em outubro de 2024, o IPCA havia avançado 0,56%.
Entre os grupos de produtos e serviços, o Vestuário liderou a alta, subindo 0,51% e contribuindo com 0,02 ponto percentual no índice geral. Já a energia elétrica residencial exerceu influência negativa, com queda de 2,39%, contribuindo para desacelerar o índice em -0,10 ponto percentual.
Outros destaques de outubro foram:
Alimentação e bebidas: 0,01%
Habitação: -0,30%
Artigos de residência: -0,34%
Transportes: 0,11%
Saúde e cuidados pessoais: 0,41%
Despesas pessoais: 0,45%
Educação: 0,06%
Comunicação: -0,16%
A queda na conta de luz foi um fator importante para a desaceleração da inflação. Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, a redução ocorreu devido à mudança da bandeira tarifária: saiu da vermelha patamar 2, com cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh, para a vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 por 100 kWh consumidos.
Além disso, a redução nos preços de aparelhos telefônicos (-2,54%) e seguro de veículos (-2,13%) também ajudou a conter a inflação no mês.
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